Plantas nossas (Arquivo JRS) |
Por volta das 13 horas, quando a fome apertou, paramos no restaurante São João, ali no coração da cidade. É longe daqui, depois de atravessar o Vale do Paraíba e enfrentar a outra serra - a da Mantiqueira. Bem pacata; somente nos detivemos num ateliê ali perto. O nome do lugar? Delfim Moreira!
Após o almoço, enquanto ainda pagávamos a despesa, um som passou a ser emitido a partir da torre da igreja: um toque de pesar, fúnebre. Ao mesmo tempo um cão começa a uivar na calçada, próximo da porta do estabelecimento. Exclamei: "Nossa!". Então a senhora que nos atendia explicou: "É assim mesmo. É uma cadela, Teteia, mora pelas ruas. Ela sabe que alguém morreu na cidade. Esta acostumada. Assim que escuta esse som ela se põe a uivar, como se estivesse chorando". E não é que era mesmo? Após o final do último toque da corneta, veio o anúncio para todos os moradores - e visitantes! - que fulano de tal tinha falecido, estava sendo velado em tal lugar "e o féretro seguirá até o cemitério às 15 horas".
Ainda não tinha visto um animal se expressar dessa forma pela morte de um ser humano. Podemos dizer que é solidariedade?
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