Estaremos, logo logo, entrando em setembro, o mês da primavera. No dia 17, conforme o planejado, ocorrerá um movimento na Pedra Branca, lá na Enseada. Está previsto um embarreamento do espaço cultural, do Ponto de Cultura Caiçara. Ostinho, Roberto Ferrero e mais gente estão empenhados na tarefa. Creio que será um sucesso!
A programação está assim esquematizada: na parte da manhã tem o trabalho de embarreamento. Coisa linda! Depois do almoço acontecerá as prosas: eu, sob o título Vida e arte pelos caminhos, pretendo falar a respeito das frutas das nossas matas, dos percursos inspiradores e dos materiais aproveitados em meus trabalhos artesanais. Em seguida, Roberto contribuirá com seus conhecimentos tão diversificados, sobretudo como luthier (fazedor de violas, rabecas etc.). Por fim, a tão aguardada fala de Cleide Toledo que responde pela Associação do artesanato do Estado de São Paulo. Após esse momento de "sossegar o facho", como diria a minha saudosa mãe, "acontece a função". Aqui Ostinho é mestre! Estamos ansiosos pela apresentação do pessoal que dança xiba no Prumirim e o grupo animado do Fandango Caiçara.
Função, para quem é mais novo, era a denominação dos bailes caiçaras. Também se chamava de fandango ou bate-pé. Olympio Mendonça registrou em meados da década de 1970:
"Nessas eventualidades realizam-se danças de roda e quadrilhas, como a ciranda, a cana verde, a marrafa e a dança de São Gonçalo, e bate-pés, como a xiba, o recortado e o cachorro do mato, enquanto as canoas, os calangos e as marchinhas são dançados pelos pares isolados da roda ou quadra de sapateado".
Vamos lá, parentalha! A valorização da nossa cultura caiçara é a nossa principal ferramenta para resistir ao mal que ousa se espalhar na forma de um fermento ruim sobre a nossa Pátria! Como bem diz o primo Ostinho: "Vai ser show!".
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